Assevera Paulo de Tarso que virá um momento existencial em que perceberemos que as leis divinas estão impressas em nós; por isso escreveu aos hebreus: “Coloquei minhas leis na sua mente, e as inscreverei no seu coração”.
Para que esperarmos que os outros nos digam e ensinem o que está escrito dentro de nós? Basta despertarmos para essa verdade e não desviarmos a atenção para fora, apenas observarmos atentamente a voz sapiencial da própria alma.
Um dia nos tornaremos traduções vivas das leis naturais ou divinas na Terra.
Quando deixamos de lado o nosso verdadeiro âmago, esquecemos quem somos realmente e passamos a viver distanciados de onde saímos – da Casa Paterna -, perdidos, porque fomos “expulsos do paraíso”, ou seja, separados da essência divinal.
Vivemos adormecidos, sem a consciência clara de quem somos, o que e por que fazemos coisas; vivemos arrastados pelos instintos, praticamente inconscientes, apartados do “Eu”, essência que preside nossa vida interna e externa.
Eis algumas perguntas e respostas, subproduto de nossas experiências e reflexões no decurso de nossas meditações, retiradas do “paraíso perdido” durante o silêncio absoluto da mente. Essas idéias, entretanto, não devem ser acolhidas como pretensão de ditarem máximas nem impor nossos pontos de vista. Nosso objetivo é, unicamente, expor o singelo resultado de nossas considerações reflexivas. Aqui estão elas:
– O grande orientador? A voz da própria alma.
– A religiosidade? Um valor que não tem preço.
– O enigma a ser desvendado? A própria existência.
– O pior empecilho? Não agir com naturalidade.
– O melhor dia para mudar? Hoje.
– O único fracasso? Aquele com o qual nada se aprende.
– O mais perigoso dos erros? Querer acertar sempre.
– O egoísmo? Estado natural e transitório dos seres humanos.
– O mais generoso dos sentimentos? O auto-perdão.
– A emoção que corrói? A mágoa.
– A vida sem amor? Um profundo desânimo.
– O maior de todos os riscos? Nunca querer correr riscos.
– O presente mais querido? Amar e ser amado.
– A raiz de todo bem? O respeito a tudo e a todos.
– O resultado do medo? A perda da originalidade.
– A auto-aceitação? Uma existência serena.
– O obstinado defeito? A busca apressada da perfeição.
– O trabalho vocacional? Sensação de completude.
– O pior dos inimigos? A falta de bom senso.
– A mais eficaz medicação? Conhecer a si mesmo.
– A necessidade incondicional? A entrega nas mãos de Deus.
– A convivência ideal? Comunicação de sentimentos.
– A melhor das descobertas? A auto-responsabilidade.
– A primordial importância? A fé raciocinada.
– O que se leva em conta? A sinceridade das intenções.
– A ânsia de querer agradar a todos? Sensação de impotência.
– A melhor das defesas? O sorriso espontâneo.
– A fonte das insatisfações? Acreditar que os recursos que buscamos estão fora de nós.
– O hábito de polemizar constantemente? Cultivo da guerra interior.
– Os professores particulares? Os eventos do dia-a-dia.
– O que mais ameaça ou protege? Busque a resposta dentro de si mesmo.
Para abolirmos o cativeiro da ignorância – que nos impede de desvendar o “livro sagrado”, ou a imago Dei, que reside em nós – é preciso integrar a compreensão do mundo exterior com o divino existente no reino interior.
Não se alcança a luz do Espírito nem por osmose ou símbolos, nem através de cerimônias ou determinações das autoridades religiosas, e sim entesourando os valores e as experiências provenientes da própria busca íntima.
Fonte: extraído do livro “Um modo de entender uma nova forma de viver”, de Francisco do Espírito Santo Neto, ditado pelo espírito Hammed – Editora Boa Nova.
Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.
Temas das Publicações
Palestras Espíritas
COMENTÁRIOS
- Andrea mara em A virtude é concessão de Deus, ou é aquisição da criatura?
- Nunes em A paciência é um medicamento poderoso que tem o poder de nos curar
- Neilson de Paula em Sintonia e afinidade
- Lucia Freire em O Paciente e o Passe
- Rosalie Negrini J. em Codificador do Espiritismo – Quem foi Allan Kardec?
- Luiz lima em Evidências bíblicas sobre a reencarnação
- Editor em Desdobramento, atividade do espírito durante o sono
- maria em Desdobramento, atividade do espírito durante o sono
- Otoniel Carlos de Melo em Novo livro de Divaldo Franco traz revelações sobre a pandemia
- Evangelização Florescer em Quem Somos
- Editor em O que fazer para deixar de pensar em alguém que já faleceu?
- Nilciane em O que fazer para deixar de pensar em alguém que já faleceu?
- Ryath em Até quando você quer continuar sofrendo?
- Maciel ben em Diferença entre provas e expiações
- Ryath em 25 citações de buda que vão mudar sua vida
Leave a reply