Sri Ramahkrishna foi um dos grandes santos indianos que viveu no século XIX, de 1836 até 1886, contemplando em êxtase a energia de Deus.
Seus seguidores eram universalistas, pois o Mestre assumiu uma postura firme contra os ideais rígidos e radicais das filosofias religiosas, acreditando que para buscar nossa natureza divina deveríamos estar apenas em sincronicidade com o universo, vivendo com amor e harmonia.
Dos grandes avatares que nasceram na Índia, Sri Ramakrishna é um dos mais admirados pelo povo indiano pela sabedoria e universalidade que sua mensagem propõe. Ele viveu cinqüenta anos de inteira dedicação ao serviço espiritual, propondo uma era de paz e união entre os povos, culturas e religiões e não a separação que vemos até os dias de hoje.
O Mestre dizia que “Muitos são os nomes de Deus e infinitas são as formas pelas quais podemos nos aproximar Dele. A forma e o nome que você escolher para adorá-Lo, através deles, você O encontrará”.
Ramakrishna era tão universalista que assim se referia a Deus:
“Diferentes pessoas recorrem a Deus por diferentes nomes. Alguns usam Alá, outros Deus, outros Krishna, Shiva e Brahman. É como a água de um lago: alguns a bebem num local e a chamam de jal; outros, em outro lugar, chamam-na de pani; outros ainda, num terceiro local, chamam-na de água. Os hindus chamam de jal; os cristãos de água; os mulçumanos de pani. Mas é tudo uma mesma coisa.”
Essa idéia de Ramakrishna é advinda de sua participação em diversas filosofias religiosas. O Mestre experimentava várias formas de chegar ao mesmo Deus e conseguiu realizar isso através do hinduísmo, do islamismo, cristianismo, no budismo, afirmando que mesmo que tenhamos disponíveis vários caminhos diferentes, devemos escolher um para trilhar, sob o risco de não conseguirmos chegar a lugar algum.
A mensagem que nos deixa é a convivência harmoniosa entre todas as filosofias religiosas, pois cada ser humano encontra-se em um estágio evolutivo e possui livre arbítrio para optar pelo caminho que mais lhe agrada para o encontro com Deus.
Tinha uma pequena sala no Templo Dakshineswar, nos subúrbios de Calcutá e, devido à sua postura universalista, o local tornou-se uma espécie de parlamento das religiões do planeta. Pessoas de todo o mundo iam até lá para lhe falar e voltavam abismadas com seu conhecimento, quando não totalmente modificadas em suas concepções ou em sua falta de fé.
Sri Ramakrishna desencarnou em 15 de agosto de 1886, e seu trabalho e busca continuam inspirando seguidores até os dias de hoje.
Curiosamente, seu primeiro discípulo foi Sarada Devi, a mulher que lhe havia sido prometida em casamento desde a infância.
O principal foi Swami Vivekananda (1863-1902), considerado o porta voz do Vedanta no mundo.
Fonte: Texto extraído do livro “Grandes Mestres da Humanidade”, de Patrícia Cândido. Editora Luz da Serra.
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