Aos que Sofrem, Depressão

Depressão reeducativa – dores existenciais, quem não as experimenta?

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À luz da imortalidade, as depressões são como uma “tristeza do espírito” que ampliam a consciência de si. Um processo que se inicia, na maioria dos casos, antes do retorno à vida corporal quando a alma, em estado de maior “liberdade dos sentidos”, percebe com clareza a natureza de suas imperfeições, suas faltas e suas necessidades, que configuram um marcante sentimento de falência e desvio das Leis Naturais. A partir dessa visão ampliada, são estabelecidos registros profundos de inferioridade e desvalor pessoal em razão da insipiência na arte do perdão, especialmente do autoperdão. Nessa hora, quando a criatura dispõe de créditos mínimos para suportar esse “espelho da consciência”, seu processo corretivo inicia-se na própria vida extrafísica, até que haja um apaziguamento mental que lhe permita o retorno ao corpo. O mesmo não ocorre com quantos experimentam a “dura realidade” de se verem como são após a morte, mas que tombam nas garras impiedosas das trevas a que fizeram jus, regressando à vida corporal em condições expiatórias sob domínio de severas psicoses para colher os frutos das sementes que lançou.

Depressões, portanto, são o resultado mais torturante da longa trajetória no egoísmo, porque o núcleo desse transtorno chama-se desapontamento ou contrariedade, isto é, a incapacidade de viver e conviver com a frustração de não poder ser como se quer e ter que aceitar a vida como ela é, e não como se gostaria que fosse. Considerando o egoísmo como o hábito de ter nossos caprichos pessoais atendidos, a contrariedade é o preço que pagamos pelo esbanjamento do interesse individualista em milênios afora, mas, igualmente, é o sentimento que nos fará refletir na necessidade de mudança em busca de uma postura ajustada com as Leis Naturais da vida.

Para a maioria de nós, contrariedade significa que algo ou algum acontecimento não saiu como esperávamos, por isso algumas criaturas costumam dizer: “nada na minha vida deu certo!”. É tudo uma questão de interpretação. Quase sempre essa expressão “não deu certo” quer dizer que não saiu conforme nosso egoísmo. O desapontamento, portanto, é altamente educativo quando a alma, ao invés de optar pela tristeza e revolta, prefere enxergar um futuro diverso daquele que planejou e, no qual, a grande meta da felicidade pode e deve estar incluída.

O renascimento corporal é programado para que a criatura encontre nas ocorrências da existência os ingredientes precisos à sua transformação. Brota então, espontaneamente, o desajuste, em forma de insatisfação crônica com a vida, funcionando como canal de expulsão de culpas armazenadas no tempo, controladas com a força de mecanismos mentais defensivos ainda desconhecidos da ciência humana e eclodindo sem possibilidade de contenção. Um “expurgo psíquico” em doses suportáveis…

Os sintomas a partir de então são muito conhecidos da medicina humana: insônia, tristeza persistente, idéias de auto-extermínio, vazio existencial e outros tantos. Poderíamos asseverar que almas comprometidas com esse quadro psicológico já renascem com um “ego frágil”, suscetível a uma baixa tolerância com suas falhas e estilo de vida, uma dolorosa incapacidade de se aceitar, menos ainda de se amar. No fundo permanece o desejo impotente de querer a vida conforme seus planos, mas tudo conspira para que tenha a vida que precisa em vista de suas necessidades de aperfeiçoamento.

A rebeldia, no entanto, que é a forma revoltante de reagir perante os convites renovadores, pode agravar mais a prova íntima.

Somos contrariados pela vida para que eduquemos nossas potencialidades.

Infelizmente, com raras exceções, nossos gostos são canteiros de ilusões onde semeamos os interesses pessoais, em franca indiferença às necessidades do próximo, colhendo frutos amargos que nos devolvem à realidade.

Há que se ter muita humildade para aceitar a vida como ela é, compreender suas “reclamações” endereçadas à nossa consciência e tomar uma postura reeducativa. O orgulho é o “manto escuro” que tecemos com o fio do egoísmo, com o qual procuramos nos proteger da inferioridade que recalcitramos aceitar em nós mesmos de longa data.

Bom será quando tivermos a coragem de nos mirar no “espelho da honestidade” e aprender a conduta excelsa do perdão, porque quem perdoa conquista sua alforria das celas da mágoa e da culpa.

Apesar do quadro expiatório, as depressões reeducativas quando vencidas trazem como prêmio um extraordinário domínio de si mesmo, sem que isso signifique “querer viver a vida a seu gosto”, e também um largo autoconhecimento. Passada a prova, ficará o aprendizado.

Fonte: extraído do livro “Reforma Íntima Sem Martírio”, de Wanderley S. de Oliveira, pelo espírito Ermance Dufaux – Editora INEDE.

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3 Comments

  1. Luciana 6 de novembro de 2012 at 19:55 - 

    Querida Inês!

    Hoje, lendo sua mensagem, senti como se estivesse no seu lugar, senti sua dor e entendo seu desânimo para continuar.
    Podemos aprender com o Mestre o caminho da felicidade verdadeira e da esperança; a vida futura, a eternidade do espírito e a evolução da individualidade nos confortam o coração e nos fazem viver melhor o dia de hoje, o presente, o agora.
    Sugiro que eleve seus pensamentos a Deus e ore. A morte não é o fim, é apenas uma etapa, e tão necessária e justa que ocorre com todo ser vivo… sem distinção.
    Não nos ensinaram a ver a morte como processo natural de vida, de existência… mas com estudo e observação compreendemos tal processo e a dor fica tolerável, a saudade se enche de esperança. Seria justo privar seus filhos da identificação da morte? Privação momentanea, pois por determinação vamos todos passar por ela, com amigos, familiares, queridos e inimigos e mais perto ainda a nossa própria morte. O tempo agora é uma oportunidade para aprender que a morte não existe, e que dedicar e amar os que estão por perto é o melhor caminho.
    E que Jesus seja em seu coração.

    Luciana

  2. ines 3 de maio de 2011 at 17:22 - 

    oi!não sou diferente das outras mães que perderam seus filhos de forma tragica,a dois anos meuanjo camado milena morreu .a babadeichou ela cair da sacada ;ela tinha apenas dois aninhos,chamo de meu anjo porque ela deu um novo esntido a minha vida.não era minha filha biologica,ela foi abandonada com a irmã com o pai .a mãe queria ser feliz .eraum bebezinho magricela mas tinha os olhos mais amorozos do mundo,eu estava separada e ja tinha 3 filhos avia feito a retiradfa das trompas ,e estava tão arrependida minha casula estava com 10 anos.queria tanto ter mais um que quando o pai me pediu ajuda ja que eramos amigos a bastante tempo ;me apaixonei de emediato por elas.e assim fomos morar juntos,no inicio eu amava somente as meninas depois me apaixonei perdida mente por aquele homem que era capais de qualquer coiza pelas filhas,foram um ano e nove mezes mais felizes do mundo.hoje não concigo dormi ,não concigo comer,parece que estou maluca sinto seu cheiro a noite as veses sinto seu bracinho me envolvendo;não teno vontade de fazer nada tambem não tenho pena de de mim,so gostaria de vela ouvila so mais uma vez ,meus filhossão lindos maiara acaçula me pergunta pela irmã ,eu digo que Deus precisava de anjos então ele levou ela pra ajudar e quando sentir saudades e so olhar pro ceu a estrela mas brilhante e ela dando beijinhos ,sabe maiara emuitonovinha praentnder o que e a morte ,por isso não permeti quenenhum deles fossem ao enterro queria que se lembrace dela rindo dando altas gargalhadas .não permito que me vejam chorar nmem meu marido .mas eles estão ficando preucupados com meu pezo .me ajude por favor

    ines

  3. mariana 22 de julho de 2010 at 19:58 - 

    Olha isso que aprendizado Filha!!
    Profundo e transformador..

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