Perdura há muitos anos uma íntima conexão espiritual entre Cristo e a ordem monástica, iniciada pelo fundador, Sri Ramakrishna, que mereceu veneração divina durante a vida, e desde que faleceu, em 1886, tem recebido reconhecimento crescente na Índia, como uma encarnação de Deus.
Dos muitos santos e iluminados mestres na história do Vedanta, Sri Ramakrishna manifestou em vida, em grau mais elevado do que qualquer outro, a idéia da harmonia e da universalidade religiosas. Submeteu-se não apenas às disciplinas de seitas divergentes dentro do Hinduísmo, como também às do Islamismo e do Cristianismo. Ele descobria em cada caminho religioso a suprema manifestação de Deus, credenciando-se assim a proclamar com a autoridade da experiência pessoal: “Muitas religiões, muitos caminhos para alcançar um único e mesmo objetivo.”
Pouco depois de sua morte, nove de seus jovens discípulos reuniram-se numa noite diante de um fogo sagrado, a fim de pronunciarem os votos de renúncia formal – daí em diante haveriam de servir a Deus como monges. Seu líder, o futuro Swami Vivekananda, contou aos irmãos a história da vida de Jesus, pedindo-lhes que eles próprios se tornassem outros Cristos, empenhando-se na ajuda da redenção do mundo e negando-se a si mesmos, como fizera Jesus.
Desse modo, desde os primeiros dias da nossa ordem, Cristo tem sido honrado e reverenciado por swamis como um dos maiores mestres iluminados. Muitos monges citam as palavras de Cristo para explicar e ilustrar as verdades espirituais, percebendo uma unidade essencial entre a mensagem dele e a dos nossos sábios e videntes hindus. Como Krishna e Buda, não prega Cristo um mero evangelho ético ou social, mas sim um evangelho incondicionalmente espiritual. Ele afirmou que Deus pode ser visto, que a perfeição divina pode ser alcançada. Para que os homens atinjam o objetivo supremo da existência, ensinou a renúncia ao mundanismo, a contemplação de Deus e a purificação do coração através do amor de Deus. Estas verdades simples e profundas, declaradas reiteradamente no Sermão da Montanha, constituem-lhe o tema subjacente.
Fonte: extraído do livro “O Sermão da Montanha segundo o Vedanta”, de Swami Prabhavananda. Editora Pensamento.
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