“É preciso convir, também, que o orgulho, frequentemente, é estimulado no médium por aqueles que o cercam. Se tem faculdades um pouco transcendentais, é procurado e louvado; crê-se indispensável, e logo toma ares de suficiência e de desdém quando presta seu concurso.” (2ª parte – cap.XX, item 228).
Ser bom é olhar as coisas e as pessoas com os “olhos do amor”. A criatura que aprendeu a ver tudo com bons olhos consegue perceber que todas as ocorrências da vida estão caminhando para uma renovação enriquecedora. No Universo nada acontece que não tenha uma finalidade útil e providencial.
As grandes dificuldades não significam castigos ou punições, mas caminhos preparatórios para se alcançar dentro em breve um bem maior.
O bondoso é sustentado por sua autoconfiança e estimulado por um impulso forte e desinibido a fim de concretizar ou construir ações altruístas. Possui uma aura de vitalidade que reúne uma preciosa e rara combinação de ternura e destemor.
A criatura bondosa domina a arte da sinceridade, pois, acima de tudo, é fiel consigo mesmo. Por ter desenvolvido uma natureza benevolente, tem aspecto jovial e sociável, demonstra carinho pelas crianças, aprecia a fauna e a flora, enfim gosta das coisas da Natureza. Em sua relação com os outros, é uma boa ouvinte, sempre disposta quando pode ser útil, solidária e cordial.
Aprender a ser uma pessoa saudavelmente generosa pode estar ligado a uma longa aventura na área da perseverança. Ser bom não quer dizer que devemos interferir ou ficar presos nos problemas dos outros. Muitos de nós ficamos envolvidos numa generosidade compulsiva – atos de bondade motivados por sentimentos de culpa, obrigação, pena e de suposta superioridade moral.
Disse o Divino Amigo diante da população sofredora: “Tenho compaixão da multidão”. Para adquirir a dádiva do conhecimento das virtudes, é preciso elevar o entendimento e engrandecer o raciocínio com Jesus Cristo.
Compaixão é um ato de elevada compreensão, em que reina a fidelidade consigo mesmo, o auto-respeito, o perdão e a bondade. Ser bom, em sua exata definição, é fazer escolhas ou tomar atitudes com compaixão, lançando mão da própria dignidade e, ao mesmo tempo, promovendo a dignidade alheia.
Fonte: extraído do livro “A Imensidão dos Sentidos”, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed. Editora Boa Nova.
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