O casamento, ou a união permanente de dois seres, é contrária à lei natural?
É um progresso na marcha da humanidade.
Qual seria o efeito da abolição do casamento para a sociedade humana?
O retorno à vida animal.
A união livre e casual dos sexos é um estado natural. O casamento é um dos primeiros atos de progresso nas sociedades humanas, porque estabelece a solidariedade fraterna e aparece entre todos os povos, ainda que em condições diversas. A abolição do casamento seria o retorno à infância da humanidade e colocaria o homem até mesmo abaixo de alguns animais que dão exemplo de uniões constantes.
A idéia de que o casamento não pode ser absolutamente dissolvido está na lei natural ou apenas na lei humana?
É uma lei humana muito contrária à lei natural. Mas os homens podem mudar suas leis; as da natureza são as únicas imutáveis.
O celibato (castidade) voluntário é meritório aos olhos de Deus?
Não, e os que vivem assim por egoísmo desagradam a Deus e enganam a todos.
O celibato não é para algumas pessoas um sacrifício com a finalidade de se devotar mais inteiramente ao serviço da humanidade?
Isso é bem diferente; eu disse: por egoísmo. Todo sacrifício pessoal é meritório quando é para o bem; quanto maior o sacrifício, maior o mérito.
Deus não pode se contradizer nem achar mau o que fez. Não pode haver mérito na violação de Sua lei; mas se o celibato, por si mesmo, não é meritório, não ocorre o mesmo quando é pela renúncia às alegrias da família, um sacrifício decidido em favor da humanidade. Todo sacrifício pessoal para o bem e sem o disfarce do egoísmo eleva o homem acima de sua condição material.
Poligamia
A igualdade numérica aproximada que existe entre homens e mulheres é um indício da proporção em que se devam unir?
Sim, porque tudo tem uma finalidade na natureza.
Qual das duas, a poligamia ou a monogamia, está mais de acordo com a lei natural?
A poligamia é uma lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, conforme os desígnios de Deus, deve estar fundado na afeição dos seres que se unem. Com a poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade.
Se a poligamia estivesse de acordo com a lei natural, deveria ser universal, o que seria materialmente impossível por causa da igualdade numérica dos sexos.
A poligamia deve ser considerada como um uso particular ou uma legislação especial, apropriada a alguns costumes, e que o aperfeiçoamento social faz pouco a pouco desaparecer.
Fonte: extraído do livro “Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.
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