Tão logo nos permitimos pensar na Natureza como algo vivo e atuante em nós, começamos a perceber que nunca perdemos nosso “sentido de ligação” com o mundo natural. É como se emergisse de nosso interior uma “parte adormecida” que sempre soube disso; por conseguinte, começamos a religar a vida íntima com as forças criativas manifestadas em toda a evolução.
Nossa ligação com os processos vivos da Terra tem sido esquecida. A suposição da ciência moderna é de que nosso planeta tenha por volta de cinco bilhões de anos. Não existe, porém, nenhum vestígio que permita determinar, com alguma aproximação, a época em que foram lançadas as “sementes da vida”, isto é, o aparecimento dos primeiros organismos sobre o orbe terreno.
O que se sabe, de modo geral, é que o planeta passou por lentas e diversas transformações e que, provavelmente, a vida surgiu nas águas dos mares, que exercem a função de “berço fecundo” para manter as primeiras formas vivas.
Esses minúsculos seres unicelulares se estruturam nas condições reinantes na Terra primitiva, a partir de substâncias orgânicas preexistentes na atmosfera e na crosta terrestre. O acúmulo dessas substâncias ou moléculas durante milhões de anos converteu os ambientes marinhos numa verdadeira “sopa nutritiva”. A partir daí e pela ação laboriosa dos Operários Celestes, teve início a vida na Terra.
No seio daquelas paisagens rudimentares, no interior das águas mornas dos oceanos primitivos, o princípio inteligente pôde iniciar suas primeiras manifestações sob o domínio e o controle da Onipotência Celeste.
A formação desse complexo “teatro da vida” se deu através de um longo e contínuo processo evolutivo, que nos permite hoje conhecer as mais diversas formas de seres vivos. É preciso, portanto, que adotemos o ritmo da Natureza, cujo segredo mais precioso é a paciência.
O ser humano é a própria Natureza adquirindo consciência de si mesma. Por possuir a capacidade de entender racionalmente esse grandioso “espetáculo da evolução”, deveria ser o primeiro a perceber que sua perfeita estrutura orgânica resulta da paciente realização da Natureza.
A capacidade de persistir numa atividade com constância e perseverança é um dos atributos da Natureza. Precisamos aprender com ela a habilidade de equilibrar e realizar tarefas numa silenciosa quietude, pois a impetuosidade e a afobação que muitas vezes demonstramos podem destruir em minutos o que levamos anos para construir.
Suportemos com calma, tudo que acontece em nossa existência. Procuremos decifrar, aprender e refletir as mensagens enigmáticas que nos chegam através da linguagem da evolução natural. A Natureza não dá saltos – a borboleta não chegou ao que é sem antes ter sido lagarta.
No entanto, a paciência não é passividade, estagnação, ociosidade ou paralisação. É antes um potencial a ser desenvolvido com serenidade, persistência e constância. Ela permite que possamos descobrir o momento certo de perseverar ou de abdicar de relações, situações, vínculos e atividades que envolvem o nosso dia-a-dia.
Os Espíritos Superiores possuem a necessária paciência de revelar certos ensinamentos na ocasião oportuna. Sabem que o processo de amadurecimento e crescimento humano é constante, mas gradual. Eles reconhecem que cada coisa se deve dar o devido tempo, e que tudo que se diz de forma precipitada pode ser mal interpretado ou não entendido. Por isso, utilizam-se da “natureza evolutiva” , levando em conta a condição do tempo, lugar ou modo que cerca e acompanha as pessoas, fatos ou acontecimentos.
Nossa impaciência desequilibra os processos internos e externos da Natureza em nós. Atos e atitudes pacienciosas podem mudar nosso modo de ver e enfrentar conflitos. Lembremo-nos de que todo problema contém em si mesmo a “semente da solução”.
Fonte: extraído do livro “Os Prazeres da Alma”, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed. Boa Nova.
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2 Comments
aprendi muitas coisas no lado espiritual
preciso muito que meu esposso compreenda e aceite