Nós nunca estamos sós, há sempre um amigo ao nosso lado. Todos temos um anjo da guarda, que está ligado a nós desde o nosso nascimento até o nosso desencarne e muitas vezes, continua a auxiliar-nos, no plano espiritual e até mesmo em outras reencarnações.
O anjo da guarda é um espírito protetor de uma ordem elevada.
Estes espíritos têm por missão auxiliar o seu protegido durante a vida corpórea, ajudando-o a progredir, conduzindo-o pelo bom caminho, com os seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições e sustentar sua coragem nas provas da vida.
Poderíamos perguntar:
Se todos nós temos um anjo da guarda, que vela por nós e nos conduz no caminho do bem, como ainda fazemos tantas coisas erradas?
Será que eles nos abandonam, ou será que não são tão eficazes quanto pensamos?
Nem uma coisa, nem a outra.
Todos nós temos nosso livre-arbítrio, por meio do qual podemos escolher a maneira de como caminhar pela Terra.
Desta forma, os nossos erros são frutos de nossas próprias ações, ou seja, nós é que nos afastamos do caminho do bem, fechamos os nossos ouvidos aos bons conselhos de quem vela por nós e escolhemos, mesmo que “inconscientemente”, nos aproximar do caminho inverso, mantendo verdadeira sintonia com os espíritos inferiores, encarnados ou desencarnados, de quem receberemos as más influências.
Ora, se Deus, que é o nosso criador, não influi em nosso livre-arbítrio, nossos anjos guardiões, por mais evoluídos que sejam, também não influem, porém eles nunca nos abandonam, mesmo quando nos mostramos rebeldes às suas advertências.
Santo Agostinho, a este respeito, faz uma maravilhosa consideração:
“…Sim, por onde quer que estiverdes, vosso anjo estará convosco: nos cárceres, nos hospitais,
nos antros dos vícios, na solidão, nada vos separa desse amigo que não podeis ver, mas do qual vossa alma recebe os mais doces impulsos e ouve os mais sábios conselhos”.
Podem, porém, afastar-se quando vêem que seus conselhos são inúteis e que é mais forte a vontade de seu protegido em submeter-se à influência dos espíritos inferiores, porém, conforme já foi dito, eles nunca nos abandonam, estão sempre dispostos a nos auxiliar assim que forem chamados.
Destaca-se que, apesar de nunca nos abandonar, isto não significa que nossos anjos da guarda estejam 24 (vinte e quatro) horas do dia ao nosso lado, pois eles são espíritos que têm suas vidas estruturadas no plano espiritual, tendo, pois, outros afazeres, como estudos, cursos etc e existem circunstâncias em que a sua presença não se faz necessária ao lado de seu protegido.
Por outro lado, vale destacar que, se nossos anjos da guarda agissem de maneira ostensiva, influindo em nosso livre-arbítrio, nós não estaríamos agindo por nós mesmos, e conseqüentemente, nossos espíritos não progrediriam.
Para que possamos progredir é necessário que nós vivamos as experiências, exercitando as nossas próprias forças, adquirindo consciência e responsabilidade pelos nossos atos.
Assim, a ação de nossos anjos guardiões é oculta, eles estão sempre prestes a nos ajudar, porém depende de nós aceitar ou não a sua ajuda.
Nunca, pois, nos esqueçamos de nossos anjos de guarda, pois eles são, nos dizeres de Santo Agostinho, os amigos mais firmes e mais devotados que as mais íntimas ligações que se possam contrair na Terra.
Além do anjo guardião, que são espíritos protetores de ordem elevada, existem outros espíritos que também protegem-nos, porém, de uma forma mais restrita, são os espíritos protetores propriamente dito.
São, via de regra, de ordem menos elevada que os anjos guardiões, porém não menos bons e benevolentes.
Para um espírito ser um protetor, é necessário que ele possua um certo grau de elevação, um poder e uma virtude a mais, concedidos por Deus.
São sempre superiores aos seus protegidos e da mesma forma que os guardiões, têm por missão auxiliar-nos durante a vida terrena.
Estes espíritos, durante a sua missão, podem ser assistidos por outros de ordem mais elevada.
Existem também os espíritos familiares, que muitas vezes são nossos auxiliadores, durante a vida terrena. Podem possuir um certo grau de evolução e ser nosso espírito protetor, ou serem menos adiantados, tendo a mesma evolução que a nossa ou um pouco mais superior, sendo pois nossos auxiliares.
Um fator importante é que para um espírito ser nosso auxiliar, é necessário que sempre seja superior ou ter o mesmo grau de evolução que o seu auxiliado, pois se não o for, não terá discernimento para o ajudar.
Assim, um espírito, mesmo que seja nosso familiar, ou amigo, caso for inferior a nós, não poderá, por si mesmo, nos ajudar, pois mesmo que possua boa vontade, não possuiu capacidade para tanto.
Poderá, todavia, solicitar a espíritos superiores a ele, que interceda em nosso favor.
Há, também, espíritos simpáticos a nós. Porém, estes podem ser bons ou maus. São simpáticos, porque ligam-se a nós por afeições, semelhanças, gostos, e sentimentos comuns.
Todavia, conforme foi dito, se nossos atos forem bons, atrairemos espíritos simpáticos bons, caso contrário, ruins. Tudo dependerá de nossas atitudes.
Um outro fator interessante, é a existência de espíritos protetores, ligados não apenas às pessoas, mas a uma profissão, uma comunidade,uma estrada, uma cidade, um país e até mesmo a um planeta.
Assim, além da assistência que recebemos diretamente de nosso anjo guardião ou de nossos protetores, também podemos ter, esporadicamente, a assistência de espíritos ligados, por exemplo, à nossa profissão, para que possamos desempenhá-la com êxito, com firmeza, e no caminho do bem.
No campo das profissões, destaca-se o auxílio que é dado aos médicos e cientistas, a fim de que eles possam fazer um diagnóstico com maior exatidão, outras vezes, aplicar o remédio mais eficiente a determinada moléstia e até mesmo, no campo das pesquisas, onde recebem a devida proteção, a fim de encontrarem o medicamento, até então desconhecido, na Terra, para determinadas doenças.
Pelo pouco que foi discorrido sobre o assunto, podemos concluir que existem espíritos que nos auxiliam, em diversas escalas evolutivas:
Anjo de guarda – que são espíritos protetores de ordem elevada;
Espíritos protetores em sentido estrito;
Espíritos familiares;
Espíritos simpáticos, no bem ;
Espíritos ligados a determinadas profissões etc.
Portanto, nós nunca estamos sós… há sempre um amigo ao nosso lado.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos;
O Evangelho Segundo o Espiritismo;
Rodrigues, Antônio F. – Como vivem os Espíritos;
Luiz, André – Os Mensageiros;
Luiz, André – Os Missionários da Luz
Luiz, André – Nosso Lar.
Fonte: texto extraído do site http://www.outroladohomepage.com.br/Ev_anjos.html
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