Nossas dores podem ser analisadas como fonte de aprendizagem ou cárcere de lamentação. Elas surgem para que possamos perceber o que precisamos melhorar ou reformular interiormente.
Dificuldades e conflitos são materializações de atos e atitudes íntimas que precisam ser avaliados. Portanto, não tomemos postura de vítima perante dores; antes busquemos em nós mesmos as causas que as motivaram.
Quem vive se justificando diante do sofrimento não quer renovar-se, e quem se acomoda transforma as dificuldades em conflito, fazendo da existência um verdadeiro tormento.
Talvez a falta de flexibilidade seja a causa primária de muitos de nossos desajustes. A vítima não quer ver a realidade, o equívoco e os limites humanos; simplesmente veste o “manto da infelicidade” e culpa o mundo que a rodeia.
Criaturas flexíveis e abertas utilizam-se de atitudes experimentais, jamais definitivas. Fazem novas “leituras de mundo” e reavaliam ideias e ideais, sempre que surjam novos fatos ou acontecimentos.
Eis a regra de ouro diante da dor: “jamais se imobilizar no tempo e nunca fechar as “cortinas da janela” da alma, pois isso leva a uma vida de ilusões e vazia de experiências”. O amanhã existe para que não fiquemos presos no hoje.
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando a vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus”. (Romanos, 12:2.)
A “vontade de Deus” nada nos apresenta que não seja educativo e fecundo para o nosso crescimento e renovação interior. Examinemos cuidadosamente nossas aflições; nelas estão contidos os avisos e lembretes de que necessitamos para harmonizar a nossa existência.
Fonte: extraído do livro “Um Modo de Entender uma nova forma de viver”, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed. Editora Boa Nova.
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