Sempre tive uma certa simpatia pela doutrina espírita, mas fui batizada na igreja católica.
Pois bem, sempre tive dificuldade em entender o motivo de, tanto a religião católica, quanto a religião evangélica fazer tanta “campanha” contra o espiritismo.
Confesso que, na época, fiquei me questionando bastante sobre o caminho certo a seguir, por fim, decidi seguir meu coração, pois sei que DEUS fala comigo através dele e voltei à doutrina espírita (me senti voltando pra casa).
Porém, como disse, nunca entendi esse repúdio das duas religiões contra o espiritismo, cheguei a escutar coisas terríveis a respeito, tais como: espiritismo é coisa do diabo…se você não serve a DEUS, você serve ao diabo….sei lá…tudo muito fantasioso. Achei estranho e gostaria que vocês me dessem uma explicação plausível sobre isso.
Resposta
Em primeiro lugar temos que ter boa vontade para entender o papel das diversas religiões em nossa humanidade. Pois cada uma delas presta um valioso serviço na obra divina a um determinado grupo de seres humanos, em um determinado estágio de adiantamento moral e intelectual.
A Doutrina dos Espíritos nos ensina que os espíritos, encarnados e desencarnados, possuem graus de evolução distintos. Veja esses dois preciosos ensinamentos:
1. Os Espíritos pertencem a diferentes classes e não são iguais em poder, inteligência, saber e nem em moralidade. Os da primeira ordem são os Espíritos superiores, que se distinguem dos outros por sua perfeição, seus conhecimentos, sua proximidade de Deus, pela pureza de seus sentimentos e seu amor ao bem: são os anjos ou Espíritos puros. Os das outras classes não atingiram ainda essa perfeição; os das classes inferiores são inclinados à maioria das nossas paixões: ao ódio, à inveja, ao ciúme, ao orgulho, etc. Eles se satisfazem no mal; entre eles há os que não são nem muito bons nem muito maus, são mais trapaceiros e importunos do que maus. A malícia e a irresponsabilidade parecem ser sua diversão: são os Espíritos desajuizados ou levianos.
2. Os Espíritos não pertencem perpetuamente à mesma ordem. Todos melhoram ao passar pelos diferentes graus da hierarquia espírita. Esse progresso ocorre pela encarnação, que é imposta a alguns como expiação e a outros como missão. A vida material é uma prova que devem suportar várias vezes, até que tenham atingido a perfeição absoluta. É uma espécie de exame severo ou de depuração, de onde saem mais ou menos purificados.
A maior parte da humanidade terrestre encontra-se ainda presa às paixões materiais. São muito poucos ainda aqueles que conseguem “ver com os olhos de ver” e “ouvir com os ouvidos de ouvir” que o Mestre tentou nos ensinar.
As religiões que possuem uma mensagem simplificada, menos profunda e complexa, como a Católica e a Evangélica, por exemplo, têm um papel importantíssimo na obra divina.
É certo que não trazem em seus dogmas toda a verdade, mas seus preceitos ajudam enormemente a moldar o caráter de muitas pessoas, muitas mesmo. São pessoas que, sem o “freio” que tais religiões lhes impõem, teriam tudo para viver continuamente no desregramento e na desordem moral total.
Ai de nossa sociedade, se não fossem tais religiões.
Os excessos que alguns (não são todos!) católicos e evangélicos cometem (não devemos jamais generalizar!) ao condenar outras práticas religiosas e, principalmente, às que acreditam na vida espiritual, são fruto da ignorância e do medo, pois boa parte de seus adeptos ainda precisa ver Deus como um Pai severo e radical.
Sem crer num Deus ao qual devam temer, não teriam como se submeter e obedecer. Logo, não mudariam seus comportamentos e dificilmente se livrariam da vida desvirtuada.
Portanto, é preciso que todos que já possuam uma melhor noção da magnitude da obra divina e dos diversos estágios mentais, vibracionais e morais da nossa humanidade tenham paciência e tolerância com aqueles que nos condenam por crermos que a vida não cessa após a morte.
Devemos seguir, guardadas as devidas proporções, o exemplo do Mestre Jesus, que no momento do seu calvário, disse: “Pai, perdoais-vos, pois eles não sabem o que fazem”.
A nós que já possuímos o entendimento mais amplo das verdades da vida, cabe-nos perdoar, tolerar e aguardar o amadurecimento de nossos irmãos que nos caluniam e difamam, pois o fazem por não terem alcançado o grau adequado de entendimento da Verdade da Vida, em suas insuficientes reencarnações.
Apenas a sequência de vidas sucessivas os levará a compreender a beleza magnânima da Obra de Deus.
Equipe Um Caminho
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