Todos os dias a vida nos apresenta uma nova oportunidade de aprender.

Aprendemos com nossos acertos. Com nossos erros. Com os acertos dos outros. Com os erros dos outros.

A observação dos fatos e das consequências é uma preciosa maneira de ampliarmos nossa percepção e ganharmos conhecimentos importantes para utilizarmos no momento das nossas reflexões e escolhas.

E é a qualidade das nossas escolhas que nos garante a velocidade maior ou menor do nosso progresso, seja ele material ou espiritual.

Quando focamos apenas em nossos acertos e nos dos outros, perdemos a oportunidade ímpar de compreender onde e por que os erros, nossos e dos outros, causaram consequências indesejadas.

Quando focamos apenas nos erros, por outro lado, deixamos de aprender o que de bom foi feito e causou os resultados positivos de cada escolha.

E ao observar a vida com atenção é fácil perceber como a maioria das pessoas necessita da dor como instrumento divino para impulsioná-la na direção das mudanças que permitirão o progresso.

Numa sociedade ainda mergulhada no egoísmo e acomodada diante da dor alheia, não é de se estranhar que a dor seja o mais valioso despertador da alma.

Sendo a Terra um planeta de provas e expiações em transformação para tornar-se uma morada de regeneração, somente a dor é capaz de amaciar os corações entumecidos pela vaidade, pelo orgulho e pela avareza de sentimentos.

Se, contudo, vivêssemos com mais atenção, poderíamos fazer da dor que não queremos sentir, esta sim, o mais poderoso aguilhão a nos estimular, fazendo-nos agir preventiva e responsavelmente na busca da constante, firme e equilibrada caminhada evolutiva.

Isto já seria um grande passo para nos deixar ligados e distantes dos erros que nos causam sofrimentos dolorosos e, muitas vezes, perturbadores.

Mas há de chegar o dia em que a observação atenta dos acertos próprios e alheios nos tornará suficientemente sensatos, fazendo assim com que apenas o amor seja o único instrumento de Deus para manter nossas almas sempre despertas e incansavelmente dedicadas ao nosso progresso a ao de todos que nos cercam.

Glaucos Otoni