“Porque se perdoares aos homens as suas ofensas,
também vosso Pai Celeste vos perdoará.” – Jesus (Mateus, 6:14)
Muito e sempre importante para nós o esquecimento de todos aqueles que assumam para conosco essa ou aquela atitude desagradável.
Ninguém possui medida bastante capaz, a fim de avaliar as dificuldades alheias.
Aquele que, a nosso ver, nos terá ferido, estaria varando esfogueado obstáculo quando nos deu a impressão disso.
E, em superando semelhante empeço, haverá deixado cair sobre nós alguma ponta de seus próprios constrangimentos, transformando-se nos muito mais em credor de apoio que em devedor de atenção.
Em muitos episódios da vida, aqueles que nos prejudicam, ou nos magoam, frequentemente se encontram de tal modo jungidos à tribulação que, no fundo, sofrem muito mais, pelo fato de nos criarem problemas, que nós mesmos, quando nos supomos vitimadas deles.
Quem saberia enumerar as ocasiões em que determinado companheiro terá sustado a própria queda, sob a força compulsiva da tentação, até que viesse a escorregar no caminho?
Quem disporá de meios para reconhecer se o perseguidor está realmente lúcido ou conturbado, obsesso ou doente?
Quem poderá desentranhar a verdade da mentira, nas crises de perturbação ou desordem?
E quando a nuvem do crime se abate sobre a comunidade, que pessoa deterá tanta percuciência para conhecer o ponto exato em que se haverá originado o fio tenebroso da culpa?
A vista disso, compreendamos que o esquecimento dos males que nos assediam é defesa de nosso próprio equilíbrio, e que, nos dias em que a injúria nos bata em rosto, o perdão, muito mais que uma bênção para os nossos supostos ofensores, é e será sempre o melhor para nós.
Fonte: Livro “Ceifa de luz”, psicografia de Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel
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