Dúvidas, Leis morais

Não nos escravizemos aos gastos supérfluos

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Ocasiões existem em que se torna necessário fazer uma pausa para avaliar a nossa postura à frente da existência, nos limites do nosso caminho, quanto na esfera do lar.

A arte da propaganda que, claramente, cada dia mais se aperfeiçoa, mais encanta, traz, por isso mesmo, a magia capaz de atuar sobre o psiquismo das massas, colhidas passivamente em suas poltronas de acomodação mental.

Quantas são as pessoas que compram por comprar, gastam por gastar, sem qualquer consideração para com a própria vida, sem qualquer reflexão acerca da utilidade que poderia patrocinar para terceiros, do próprio lar ou da relação social?

Alguém poderá banquetear-se nos melhores restaurantes, gastando o próprio dinheiro como queira.

Porém, se a seu lado algum irmão padece fome, sem contar com sua cooperação amiga, estará consignado o crime de lesão à fraternidade.

Reflitamos que o problema não será ter isso ou ter aquilo.

O problema é o modo como as coisas são tidas, obtidas e mantidas.

É importante que consigamos viver com pouco ou com muito, sem nos escravizarmos aos gastos improcedentes, frutos da ilusão da propaganda, aquisições que logo estarão em nossas gavetas, nos cantos dos armários, nos porões, sem utilidade.

Quando descubra que o seu lar, atrelado ao consumismo tresloucado, ajuntou coisas e coisas que não são usadas, faça-as passar a outras mãos, com a sua vibração de fraternidade, é certo, mas também com o compromisso de você realizar o esforço da educação das suas despesas, sem que se faça sovina, porém, responsável multiplicador dos bens divinos que, por agora, você administra.

Fonte: Texto de Raul Teixeira.

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