Interessante perceber como é corriqueiro em nossa cultura o uso da expressão karma.
Basta alguém em dificuldade, passando por algum problema maior ou frequente, e estamos a dizer: Deve ser seu karma.
Doutra feita, para simbolizar algo definido pela Providência Divina, inevitável ou incontornável, novamente vem a expressão: Isto é meu karma.
Percebemos que temos, intuitivamente, a ideia de que nossas vidas se entrelaçam, nos processos da reencarnação.
Se há um karma, é porque houve um momento em que a ação ocorreu, e se não foi nesta vida, outras vidas existiram.
Muito embora a expressão tenha origem nas doutrinas espiritualistas orientais, adaptou-se com facilidade na cultura popular.
Assim, sem erro, percebemos que alguns acontecimentos de nossa vida têm por origem e explicação ações realizadas em outras existências.
É natural que assim seja.
Como retornamos à vida física inúmeras vezes, as consequências do que fizermos em uma existência, se apresentarão nas seguintes.
Essas consequências poderão ser coerentes com as leis da vida, as leis de amor.
Por outro lado, se aquilo que depositamos em nosso coração é contrário às leis do Pai Celeste, se diverge da essência amorosa que existe em todos nós, precisaremos, em momento oportuno, desvincularmo-nos de tal carga.
Como somos livres para agir, muitas vezes nossas ações não estão de acordo com a proposta da vida.
Agimos com desamor a nós mesmos ou ao próximo, por incompreensão ou imaturidade.
Por isso, a vida torna a nos oferecer oportunidade de reflexão e aprendizado.
Ela nos dá a chance de retomarmos situações, reencontrarmos pessoas, refazermos caminhos.
A dinâmica da Lei de Deus é pautada na bondade e na justiça.
Assim, a todo momento, entendendo o erro praticado, arrependendo-nos do desacerto cometido, há a oportunidade de refazimento.
Porém, a bondade Divina espera o momento mais propício, onde a maturidade e o entendimento se façam para que possamos devolver à vida o que dela usurpamos.
Portanto, o que nos ocorre, hoje, muitas vezes tem origem em um passado distante.
Mas, será sempre o vínculo nosso com os débitos computados na contabilidade Divina.
Dessa forma, não há injustiça.
O que nos acontece e classificamos como injusto, é conclusão de uma visão limitada perante o fato.
Tudo que nos ocorre é, na verdade, a justiça Divina nos oferecendo a chance de resgatar o passado delituoso, os erros de outrora.
Por isso, quando os desafios nos chegarem, quando as dores, amarguras e aflições nos visitarem, tenhamos em mente que são convites da vida para o ressarcimento.
Que as enfrentemos com coragem, dinâmica resignação, a fim de que a lição incompreendida de outrora se torne o aprendizado definitivo.
Assim agindo, quando logo mais, de retorno à pátria espiritual, conseguiremos apreender mais lucidamente que, mesmo na aparente injustiça, sempre brilha a bondade Divina.
Fonte: Redação do Momento Espírita, página “Discípulos de Allan Kardec”, no Facebook.
Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.
Temas das Publicações
Palestras Espíritas
COMENTÁRIOS
- Andrea mara em A virtude é concessão de Deus, ou é aquisição da criatura?
- Nunes em A paciência é um medicamento poderoso que tem o poder de nos curar
- Neilson de Paula em Sintonia e afinidade
- Lucia Freire em O Paciente e o Passe
- Rosalie Negrini J. em Codificador do Espiritismo – Quem foi Allan Kardec?
- Luiz lima em Evidências bíblicas sobre a reencarnação
- Editor em Desdobramento, atividade do espírito durante o sono
- maria em Desdobramento, atividade do espírito durante o sono
- Otoniel Carlos de Melo em Novo livro de Divaldo Franco traz revelações sobre a pandemia
- Evangelização Florescer em Quem Somos
- Editor em O que fazer para deixar de pensar em alguém que já faleceu?
- Nilciane em O que fazer para deixar de pensar em alguém que já faleceu?
- Ryath em Até quando você quer continuar sofrendo?
- Maciel ben em Diferença entre provas e expiações
- Ryath em 25 citações de buda que vão mudar sua vida
Leave a reply