O Mestre nos ensinou: “ama a teu próximo como a ti mesmo”. Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na comunidade cristã. Em qualquer círculo do Evangelho, onde esse novo e último mandamento não assinala as manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa Nova podem haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário dos corações.
Quantas pessoas só convidam à sua mesa aqueles que podem, como dizem, lhes honrar, ou que podem retribuir-lhes o convite! Outras, ao contrário, encontram satisfação em receber seus parentes e amigos menos afortunados; e quem não os tem entre os seus? É a forma de prestar-lhes um grande serviço discretamente.
Num mundo desigual como o que vivemos, não é incomum termos contato com irmãos nossos acometidos pela doença e pela miséria, com o corpo maltratado e a alma ferida pelos desenganos. Para orientar teu modo de agir, imagina, apenas por um instante, que em outra vida tu podes ter sido o mendigo que vagueia pela rua ou bate em portas estranhas. E teu corpo sentirá um desagradável calafrio e tua alma um apelo incontido.
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