Aos que Sofrem, Auto-negação

O auto-desrespeito é um grande desserviço a nós mesmos

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De que maneira as pessoas nos tratam?

Sentimo-nos constantemente usados ou desrespeitados?

Às vezes, permitimos que os outros nos tracem metas ou objetivos sem antes nos consultar?

Sabemos distinguir quando estamos doando realmente ou quando estamos sendo explorados?

Respeitamos nossos valores e direitos inatos?

Costumamos representar papéis de vítimas ou de perfeitos?

A pior situação que podemos viver é passar toda uma existência sem nos dar o devido amor e respeito, fazendo coisas completamente diferentes do que sentimos.

Nossos sentimentos são parte importante de nossa vida. Se permitirmos que eles fluam em nós, então saberemos o que fazer e como nos conduzir diante das mais variadas situações do cotidiano.

Em virtude disso, não devemos nos esquecer de que, quando nos respeitamos plenamente, mostramos aos outros como eles devem nos tratar.

Se nós não aceitarmos, quem nos aceitará? Se nós não nos amarmos, quem nos amará?

Marcos relata em seu Evangelho a seguinte orientação: “Pois ao que tem será dado, e ao que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado”.

Realmente, “será dado” (respeito) ao que se respeita e não “ao que não tem ou pensa ter”. Assim funciona tudo em nossa vida íntima – “temos o que damos”. Devemos esperar dos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.

Se nós não nos auto-responsabilizamos pela forma como somos tratados, continuaremos impotentes para mudar o contexto penoso em que estamos vivendo. É muito cômodo culpar os outros por qualquer desilusão ou sofrimento que estejamos passando. Não é fácil aceitar a responsabilidade pelas nossas próprias ilusões e desenganos.

Não somos nem melhores nem piores que ninguém. Ao recusarmos o respeito a nós mesmos, estamos abdicando do direito de exigi-lo. Sem senso de valor individual, nos sentiremos diminuídos diante do mundo e destituídos da habilidade de dar e de receber amor.

O auto-desrespeito é um grande desserviço a nós mesmos.

Quando nos respeitamos, somos livres para sentir, agir, ir, dizer; pensar e saber o que auto-determinamos, confiantes em que, se estivermos prontos, no tempo exato o Poder Superior do Universo nos dará todo o suprimento, todo o apoio e toda a orientação para cumprirmos o sublime plano que Ele nos reservou.

Somente optando pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio. Encontraremos  nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.

 

Fonte: extraído do livro “Os Prazeres da Alma”, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed. Editora Boa Nova.

 

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