“Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições do Cristo.”

 

É inegável que em vosso aprendizado terrestre atravessareis dias de inverno ríspido, em que será indispensável recorrer às provisões armazenadas no íntimo, nas colheitas dos dias de equilíbrio e abundância.

Contemplareis o mundo, na desilusão de amigos muito amados, como templo em ruínas, sob os embates de tormenta cruel.

As esperanças feneceram distantes, os sonhos permaneceram, uns pela indiferença, outros porque preferiram a integração no quadro dos interesses fugitivos do plano material.

Quando surgir um dia assim em vossos horizontes, compelindo-vos à inquietação e à amargura, certo não vos será proibido chorar. Entretanto, é necessário não esquecerdes a divina companhia do Senhor Jesus.

Supondes, acaso, que o Mestre dos Mestres habita uma esfera inacessível ao pensamento dos homens? Julgais, porventura, não receba o Salvador ingratidões e ápodos, por parte das criaturas humanas, diariamente? Antes de conhecermos o alheio mal que nos aflige, Ele conhecia o nosso e sofria pelos nossos erros.

Não olvidemos, portanto, que, nas aflições, é imprescindível tomar-lhe a sublime companhia e prosseguir avante com a sua serenidade e seu bom ânimo.

 

Fonte: extraído do livro “Caminho, Verdade e Vida”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel. Federação Espírita Brasileira. 

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