Auto-conhecimento, Reforma Íntima

Será que buscamos o que queremos?

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Que queremos realmente da vida? Para que vivemos? Qual a nossa busca verdadeira?

Queremos mesmo viver a vida que levamos?

Queremos mesmo fazer o que fazemos?

Queremos mesmo estar com quem estamos?

Há pessoas que jamais questionam sobre essas coisas porque não querem saber nada sobre si mesmas.

São criaturas que agem impensadamente, sem medir o alcance de suas palavras e gestos, atos e atitudes. Não se dão conta das coisas em sua volta, não percebem as circunstâncias em que vivem. Agem de modo insensato e maquinal. São levianos e incoerentes, há neles ausência de reflexão – não têm nenhum domínio de suas faculdades naturais.

Por outro lado, não são poucos os que se satisfazem em apresentar para si e para os outros respostas prontas, regulamentadas, banais, corriqueiras. Não se pode entender nada daquilo que não tenha vindo das próprias experiências e vias inspirativas.

Igualmente, são inumeráveis aqueles que, julgando saber muito, limitam-se a repetir “frases feitas” retiradas de compêndios filosóficos e religiosos. Têm respostas para tudo, repisam conceitos ocos ou sem eco, tomam ares de intelectual, mas, em verdade, sentem enorme vazio interior.

Cremos ser de grande utilidade à nossa estrada evolutiva prestarmos atenção reflexiva às palavras do Cristo Jesus:

“Por isso vos digo: tudo quanto suplicardes e pedirdes, crede que recebestes, e assim será para vós”.

Pedimos de fato o que desejamos? Pode ser que nos darão tudo aquilo de que não gostamos.

Buscamos verdadeiramente nosso íntimo? Se não, acharemos coisas que nada têm a ver conosco.

Batemos na porta que queremos? Talvez abrirão portas pelas quais não queremos passar.

Se não sabemos o que queremos, para onde estamos indo?

Como a Vida Maior vai facilitar a nossa caminhada se não sabemos qual é nosso rumo ou meta?

Pensemos bem, reflitamos: sentir e viver a vida interior é muito mais do que ficar pensando nela.

Necessitamos tomar uma atitude de observação interna e externa, de atenção perceptiva, junto com o anseio de encontrarmos o nosso verdadeiro lugar na vida, de entendermos o sentido das coisas que nos acontecem, visto que tudo tem um significado implícito.

Cada criatura tem um jeito único de ser e crescer, um espaço exclusivo a ocupar neste mundo e um peculiar poder pessoal de mapear seu próprio caminho evolutivo.

O que resulta da opinião alheia e nela se fundamenta é conceito relativo. O que deriva da realidade das coisas – o que se sente e o que se vive, e nela se baseia – é fato autêntico.

A grande maioria das criaturas prefere enxergar por meio dos olhos dos outros; entretanto, devemos perceber a vida com nossos próprios olhos.

Sabemos mesmo o que pedimos? Do contrário, poderemos viver existencialmente, sem paradeiro, como ambulantes sem rumo e sem porto.

Diziam os antigos sábios: “Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir”. Quando temos um objetivo claro, o Universo inteiro conspira silenciosamente em nosso favor.

Fonte: extraído do livro “Um modo de entender uma nova forma de viver”, de Francisco do Espírito Santo Neto, ditado pelo espírito Hammed. Editora Boa Nova.

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