O ser humano costuma se preocupar com a imagem que transmite ao mundo.
Há regras de comportamento e de vestimentas para as mais variadas ocasiões.
Conforme o local, as exigências mudam.
Há ambientes formais e informais, mais ou menos sofisticados.
Para ter uma boa aparência, as pessoas cuidam de seu vestuário e de seu corpo.
Uma imagem desleixada em geral dificulta o sucesso profissional.
Também a vida social oscila conforme o apuro da apresentação pessoal.
É bom e necessário que haja preocupação em ser asseado, agradável no trato e em se vestir conforme a ocasião.
Esse acatamento das regras sociais constitui sinal de respeito às pessoas com quem se convive.
Contudo, convém não cuidar apenas do que aparece.
Tudo o que é material é sempre efêmero.
Boas roupas, corpo bem cuidado e maneiras sofisticadas podem ser apenas uma capa para esconder o que realmente se é.
A polidez é importante, mas representa apenas uma aparência, que pode ser enganosa, ou a porta de entrada das virtudes.
É possível adotar expressões que traduzem atenção e respeito, sem ter o menor interesse no bem estar do próximo.
A título de princípio, vale a disciplina do exterior.
Entretanto, é preciso que o coração também seja convocado a participar.
Não dá para cuidar apenas do exterior e achar que basta.
Cedo ou tarde, as aparências cessarão.
Todo homem é um Espírito momentaneamente vestindo um corpo de carne.
Por lindo que seja esse corpo, seu destino é a sepultura.
A essência da criatura reside em sua realidade íntima.
Cada qual transcende com o que é, não com o que aparenta.
Há pessoas que se ocupam de aparentar pureza.
Mas cultivam pensamentos e sentimentos desonestos e lascivos.
Para os que estão a sua volta parecem exemplos de dignidade.
Mas os Espíritos, que podem perceber seus pensamentos, os veem de modo bem diverso.
Conforme a realidade íntima, assim é a constituição espiritual.
Alguém de aparência e modos irretocáveis pode ter estrutura espiritual apodrecida.
Talvez passe uma imagem respeitável à sociedade, que lhe ignora o íntimo.
Contudo, é visto pelos Espíritos como um decaído.
Exala fluidos deletérios, literalmente cheira mal, para quem consegue perceber.
Será como um lascivo decadente que ressurgirá após a morte do corpo.
Convém pensar nisso, para evitar surpresas desagradáveis.
Mais cedo ou mais tarde, sua realidade íntima aparecerá, sem nenhum disfarce.
Fonte: Redação do Momento Espírita, página “Discípulos de Allan Kardec”, no Facebook.
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